terça-feira, 17 de abril de 2012
Mulheres de meia-idade conquistam, pela primeira vez, uma vaga de emprego
A realização profissional e o complemento de renda impulsionam a mulher em busca do trabalho fora de casa. O processo, natural para as mais novas, se tornou um desafio para mulheres de meia-idade. E que pode ser alcançado. “É uma desvantagem concreta por causa da idade avançada da mulher, mas não é impossível. Mulheres que estão no mercado de trabalho depois dos 40 anos possuem um rendimento excelente. E que, até então, tiveram apenas a carga familiar”, avalia a escritora Rosiska Darcy de Oliveira, também professora do Polo de Pensamento Contenporâneo (POP), no Rio de Janeiro.
De acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE, 53,7% da população é feminina e, apesar do número, ainda é minoria no mercado de trabalho. Mas o número cresce a cada dia. Um dos motivos é a melhoria no grau de instrução, que fez com que as mulheres percebessem que é preciso trabalhar, ganhar seu próprio salário e não ficar somente na dependência do marido. “Ela tem que valorizar o seu tempo. Minha geração quebrou o paradigma nos anos 70. E ainda se desdobra para conseguir conciliar a vida profissional e as tarefas do lar”, aponta Oliveira.
Muito orgulhosa de sua conquista, Tânia Regina Laurentino começa a sua jornada de trabalho às 15 horas e volta para casa meia-noite, de segunda a sexta. Aos 42 anos, Laurentino sempre foi uma dona de casa e hoje trabalha pela primeira vez com a carteira assinada. “Foi meu primeiro emprego, nunca tinha trabalhado antes. Isto foi uma oportunidade para ajudar na renda da minha família e, principalmente, me sinto orgulhosa de conseguir. Mas não é fácil”, relata.
Mesmo com a rotina pesada, a gaúcha, que é mãe de cinco filhos, não falta ao trabalho de operadora de maquinário em uma indústria têxtil de Santa Catarina. O cargo, antes masculino, hoje é ocupado por uma mulher. “O sexo feminino está presente em profissões que antes eram ocupadas exclusivamente por homens, como motorista de ônibus e cargos executivos. A falta de experiência não foi um empecilho. Apareceu esta oportunidade e a agarrei. Sempre desejei me tornar independente e proporcionar uma educação melhor aos meus filhos”, finaliza Regina Laurentino.
Fonte: Bolsa de Mulher
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