Muitas crianças têm tantas atividades que mais parecem pequenos executivos. Mal saem da escola e correm para a aula de natação, em seguida vão ao curso de inglês e fecham o dia fazendo as lições de casa. “Há pessoas que incentivam os filhos a se preparar para a vida como se fosse uma grande competição, levando-os à exaustão”, observa Maria Cecília Rodrigues de Oliveira, educadora, psicóloga e editora dos livros “Agora Sistema de Ensino” e do “Ético Sistema de Ensino”, da Editora Saraiva.
Para a educadora, não há problema em escolher algumas atividades extras para os seus filhos. Mas em primeiro lugar deve estar o bem estar das crianças. “O importante é viver com autenticidade as situações de prazer que podem ser traduzidas para uns como nadar, correr, andar de bicicleta; para outros, ler um bom livro, ou ainda, admirar uma bela paisagem”, ressalta.
Os pais podem sugerir e negociar as escolhas. Porém, a palavra final precisa vir dos pequenos. “As oportunidades que serão oferecidas aos filhos devem estar respaldadas no desejo genuíno da criança. Decidam por atividades que ela sinta prazer em realizar e permanecer. Para isso, é necessário que saber separar quais são os seus desejos e quais são os dos filhos”, recomenda Maria Cecília.
E nada de exagero na hora de montar a rotina dos pequenos! “Procure perceber se estão cansados ou com sono, por exemplo, ou se andam irritados, indispostos, sem apetite ou dormindo mal. Crianças com esses sinais podem ter o desenvolvimento prejudicado”, alerta a educadora. Outro ponto é resevar momentos de folga na agenda das crianças. “Dessa forma, elas rompem a rotina de tensão, horários e compromissos, cedendo lugar ao novo”, afirma a especialista.
Fonte: Bolsa de Mulher
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